terça-feira, 3 de abril de 2012

Supermercados desistem de sacola descartável paga e lançam "vaivém"

Os supermercados de São Paulo mudaram de ideia e não vão ter mais nem sacolas descartáveis pagas a partir desta quarta-feira . Uma opção,que ainda não está valendo, será uma espécie de "empréstimo" pago de sacolas. O cliente pagará um valor por sacola e, se devolvê-la ao supermercado, receberá o dinheiro de volta. Essa sacola está sendo chamada de "vaivém". Mas ainda não há datas nem detalhes definidos, como preço do "empréstimo".
As informações foram divulgadas pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) nesta terça-feira, último dia de distribuição de sacolas plásticas comuns e gratuitas.
Pelo projeto original, os consumidores teriam de levar suas próprias sacolas reutilizáveis ou comprar sacolas plásticas biodegradáveis por R$ 0,19 cada uma. Essas sacolas são feitas com amido de milho e seriam mais benéficas ao meio ambiente, por se degradarem mais facilmente. Mas a associação de supermercados de São Paulo desistiu da distribuição até mesmo dessas sacolas plásticas pagas.
A partir desta quarta, portanto, o consumidor terá como única opção gratuita para levar suas compras para casa as caixas de papelão. Ainda assim, os supermercados não serão mais obrigados, como estiveram nos últimos dois meses, a oferecer as caixas aos consumidores. Só fornecerão as caixas se quiserem.
Caso não encontrem as caixas nas lojas, os clientes terão de pagar por sacolas reutilizáveis.

Fim da distribuição é iniciativa dos supermercados

O fim da distribuição das sacolinhas é uma iniciativa da Apas em parceria com a Prefeitura de São Paulo e com o governo do Estado. Segundo a Apas, 95% dos 1.200 associados aderiram à campanha.
Inicialmente, a distribuição deixaria de ser feita em 25 de janeiro. A medida chegou a entrar em vigor, mas em fevereiro um acordo assinado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, Procon-SP e Apas determinou que as sacolas continuassem a ser distribuídas gratuitamente até esta terça . O objetivo foi dar mais tempo de adaptação aos consumidores.
Com o fim do prazo de adaptação, os supermercados ainda terão de seguir uma das determinações previstas no acordo: eles terão de oferecer ao consumidor pelo menos uma sacola reutilizável que custe até R$ 0,59. Podem existir outras opções mais caras, mas tem de haver essa mais barata pelo menos. Essa medida deverá valer só até agosto deste ano. Depois, os supermercados poderão cobrar o preço que quiserem.
Até 3 de fevereiro do ano que vem, os atendentes também deverão informar o consumidor, no caixa, antes do pagamento de qualquer produto, sobre o não-fornecimento de sacolas descartáveis. Caso a informação não seja dada, os supermercados terão de oferecer uma opção gratuita para o consumidor levar as compras para casa.
"Nesses últimos dois meses, distribuímos 72% menos sacolas plásticas do que no mesmo período do ano passado", diz o presidente da Apas, João Galassi. Para ele, desta vez a medida enfrentará menos resistência dos consumidores.

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